Pesquisas mais importantes das Neurociências
Você sabia que existem as principais pesquisas para as neurociências? É sobre elas que eu gostaria de trazer nesse tópico, além dos nomes de pessoas importantes na história das neurociências.
Boa parte das pesquisas em neurociências são consideradas multidisciplinar, tem como apoio a medicina, psiquiatria, neurologia, neuropsicologia, engenharia e outras, para que as descobertas sobre o cérebro saíssem da ordem teórica (do laboratório) e pudessem fazer parte da realidade das pessoas, seja na clínica, na engenharia ou na computação, psicologia, educação e outras áreas.
Por ser multidisciplinar, as pesquisas consagradas e importantes para as Neurociências envolve a neuropsicologia, fisiologia, psicologia, psiquiatria e nomes de profissionais que fizeram descobertas valiosas para compreensão do funcionamento do cérebro.
Pesquisadores mais importantes para as neurociências
Brenda Milner
Brenda Milner é uma neuropsicóloga canadense que fez contribuições muito importantes nas Neurociências, principalmente para descobertas sobre a memória de curto prazo. O paciente H. M, como ficou conhecido Henry Gustav Molaison, aos 9 anos de idade sofreu um traumatismo craniano provocado por um acidente de bicicleta, um ciclista o atropelou e sofreu forte impacto na cabeça.
Antes desse caso clínico os cientistas acreditavam que a memória estava espalhada em diversas regiões no cérebro sem depender de uma única região.
Ela concluiu que a memória declarativa relacionada à lembrança do rosto, nomes e novas experiências haviam sido afetadas, enquanto a memória procedural motora (relacionada a prática e movimento como andar de bicicleta, desenhar, etc) estava intacta.
A perda consciente da memória recente foi gerada a partir da remoção do hipocampo. Esse foi um dos casos clínicos mais importantes na história da Neuropsicologia e Neurociências, depois dele muitos avanços surgiram sobre as funções da memória.
Fonte: El Caso de H.M. Uma vida sin recuerdos. José Carlos Dávila (2009)
Eric Kandel
Kandel nasceu na Áustria, mas é naturalizado americano. Antes de se tornar médico e ingressar na ciência, foi graduado em história e literatura na Universidade de Harvard. Em carta publicada comenta sua decepção com intelectuais da época devido a falta de iniciativas quanto às práticas de Hitller.
Algumas de suas atuações foram:
✅ Estudos sobre o hipocampo e teorias sobre a biologia da memória;
✅ Ação da dopamina e neurotransmissores no processo de aprendizagem e memória;
✅ A relação da sinapse com a estruturação da memória de curto e longo prazo. Kandel e sua equipe investigaram a nível molecular as proteínas envolvidas no armazenamento da memória.
Tais descobertas aprofundadas sobre mensageiros do sistema nervoso central trouxeram para Kandel e sua equipe, Arvid Carlsson e Paul Greengard, o prêmio Nobel no ano de 2000. Os estudos são essenciais para avaliação, até hoje, de distúrbios como Parkinson, depressão, Alzheimer, esquizofrenia e outros.
Donald Hebb
O pesquisador queria entender como os neurônios atuavam em processos relacionados à memória e aprendizado, assim como mecanismos da plasticidade sináptica.
Ele observou que quando um axônio da célula ‘A’ se aproximava da célula’ B’ de maneira contínua, potencializava o disparo da célula pós-sináptica. Células que disparavam juntas, permanecem conectadas.
Essa teoria explica alguns tipos de aprendizados (como ocorrem no cérebro) a relação e frequência desse disparo com a força sináptica quando somos expostos, por exemplo, a tarefas e repetição.
Ou seja, no contexto de aprendizagem, quanto mais eficiente o estímulo, treino e a frequência da exposição, mais potente essa ‘força sináptica’ e o aprendizado, tal como a memorização desse conhecimento.
Esse circuito que foi estudado por Hebb é muito significativo quando o tema é: ‘como o cérebro aprende’. Hoje já sabemos que não há ‘mágica’, a força sináptica e o aprendizado se dão através dos estímulos adequados e repetição.
Santiago Ramón Y Cajal
Santiago Ramón Y Cajal foi um médico espanhol que fez descobertas muito significativas para o avanço da neurociência. Recebeu o Nobel de Fisiologia e Medicina em 1906.
Inspirou-se no método de coloração histológica desenvolvido pelo médico e cientista Camilo Golgi. A coloração com nitrato de prata provocou revoluções e esclarecimentos sobre o sistema nervoso.
Aprofundou-se nos estudos sobre os neurônios, dessa vez por uma perspectiva individualizada ao escurecer as células cerebrais com auxílio do nitrato de prata.
Cajal sugeriu que existiam bilhões de neurônios distintos e espalhados, logo a comunicação entre esses neurônios consistiam em ligações elétricas chamadas sinapses.
Uma hipótese que transformou o neurônio em uma unidade do sistema nervoso de extrema importância para verificação da atividade e circuitos no encéfalo.
Mais tarde, Cajal também descreveu sobre os axônios, o desenvolvimento em formato de cone e com extremidades, que conhecemos hoje como dentritos, responsáveis por receber impulsos elétricos (informações) de outros neurônios.

Alguns Artigos
Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.
Consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.
Dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Ut elit tellus, luctus nec ullamcorper mattis, pulvinar dapibus leo.
Saiba mais sobre Neurociência
Converse com a Juliana Rodrigues e tire suas dúvidas!